18.4.24

Quebra Baque traz Maracatu em cortejo por Belém

O projeto está no Pará desde 11 de abril, iniciando as ações em Parauapebas, passando por Marabá e agora chegando a Belém, para a realização de mais uma oficina, dia 19, e um bate papo seguido de cortejo, no dia 20 de abril, a partir das 16h, no Sesc Ver-o-Peso. 

Fundado pelo músico Tarcísio Resende, mestre da percussão pernambucana, o Quebra Baque celebra duas décadas de dedicação à cultura de Recife (PE) e chega a Belém para aprender e compartilhar! Autor de três livros “Batuque Book Maracatu”, “Batuque Book Caboclinho” e “Batuque Book Forró”, o músico tem uma pesquisa voltada aos ritmos percussivos de nosso estado, com foco no Maracatu e suas vertentes.

“É uma honra estarmos com esse projeto no Pará, a gente veio com 10 integrantes para realizar essa oficina que é uma troca cultural. A gente vai fazer dinâmicas, demonstrar alguns instrumentos e depois tocar juntos. Vamos construir uma banda experimental para curtir o som de tudo que construirmos. Iremos utilizar garrafas de plástico, cabo de vassoura, panelas e muitos materiais que vão se transformar em excelentes instrumentos. O nosso cuidado com o meio ambiente e a troca com público são os momentos mais importantes, estamos ansiosos pra mostrar um pouco do nosso trabalho”, declara Tarcísio Resende, mestre de percussão e criador do projeto.

O projeto é apresentado pelo Ministério da Cultura e pelo Instituto Cultural Vale, via Lei Federal de incentivo à Cultura, com realização da Atos Produções Artísticas, de Recife/PE. Em Belém, o projeto conta com o apoio da prefeitura de Belém, via Fumbel, Semec e SISMUB, Organização Pará 2000 e Sesc Ver-o-Peso. 

Acessibilidade, sustentabilidade e educação

A oficina de construção de instrumentos percussivos com material reaproveitável e ritmos nordestinos, na sexta, 19, das 9h às 12h, conta com a participação de 50 crianças e cerca de 20 adultos acompanhantes de alunos da EMEC Milton Monte, da Ilha do Combu, numa mobilização feita pelo Sismube, via Semec, e por crianças atendidas pelo Instituto Diana Coelho, do Barreiros, e do Instituto Felipe Smaldone. Haverá intérprete em LIBRAS para 15 crianças surdas.

“Embora não consigam ouvir, o surdo sente a música pela vibração e é por meio dela e da acessibilidade em Libras que ele consegue diferenciar os ritmos e sentir os movimentos. É de fundamental importância a participação deles em uma oficina de sons no intuito de quebrar essa barreira de que o surdo NÃO pode dançar, NÃO pode sentir ou NÃO pode se emocionar com uma música”, explica Leilane Monteiro, professora e interprete de Libras.

A oficina apresenta as possibilidades de construção de instrumentos percussivos com material descartado/lixo - e consequentemente sua transformação em algo útil. Todo o material é fornecido pelo projeto.

O Instituto Diana Coelho atende crianças, jovens e adolescentes em situação de vulnerabilidades social e/ou econômica, no bairro do Barreiro. 15 crianças vão participar da oficina. “Acima de tudo, desenvolvemos ações voltadas para a saúde e bem-estar dessas crianças. Por isso, acreditamos que essa experiência será uma saída do ambiente que elas e eles estão acostumados aqui no bairro e nas redondezas”, diz Cynara Avelar, diretora do Instituto.

Alunos de Parauapebas, na oficina realizada no
município, dia 12 de abril.
Outra mobilização de participação na oficina, foi realizada na ilha do Combu, pelo Sistema Municipal de Bibliotecas Escolares/SISMUBE ligado à Diretoria de Educação da Secretaria Municipal de Educação de Belém. O SISMUBE coordena as ações de formação leitora nos espaços educativos do município de Belém, dialogando com tais espaços a partir da leitura literária,esse entrelaçamento nos possibilita mobilizar estudantes e professores para ações artístico-culturais da cidade.

“Para o oficina do Sesc Ver-o-peso o convite foi feito a uma escola na região insular de Belém por desenvolver o projeto com o carimbó, initulado Projeto Pirão de Açaí, desenvolvido pelo professor Cecílio da EMEC Milton Monte,  localizada na ilha do Combu”, xplica Andrea Cosy, do SISMUBE.

Bate papo e cortejo aberto ao público

Em Parauapebas, o bate papo foi em 13 de abril
No sábado, 20 de abril, a programação segue com bate papo será a troca de experiências com artistas locais e público em geral, das 16h às 17h, no Sesc Ver-o-Peso e em seguida, haverá a saída do cortejo pelo Boulevard da Gastronomia e Orla da estação das Docas. 

O objetivo é ocupar os espaços públicos nas cidades visitadas, levando programação gratuita, de entretenimento e educação musical a crianças e jovens da rede pública de ensino, e público em geral, proporcionando interação e troca de vivências musicais.

“A equipe que participará do bate-papo e do cortejo tem uma linda história no Quebra-Baque. Não somos só um grupo, somos amigos, músicos apaixonados e uma ONG apaixonada pelo o que faz. Muitos dos que estão conosco agora, começaram realizando essa atividade quando tinham 8 anos e continuam com a gente até hoje. Temos toda uma questão de acolhimento social. Cada um de nós estará palestrando e contando um pouco da nossa história de vida”, conta Tarcísio Resende.

Sobre o Quebra Baque


Em atividade ininterrupta desde 2003, o Grupo de Percussão Maracatu Quebra Baque é uma iniciativa cultural que busca promover a cultura e a inclusão social por meio da música. Mais de 900 pessoas já passaram pelas fileiras do grupo, participando de forma ativa e aprendendo sobre os ritmos tradicionais afro-brasileiros que representam a nossa identidade.

O grupo desempenha um papel fundamental no resgate da cultura dos ritmos tradicionais como Maracatu, Coco de Roda, Caboclinho, Xaxado e Ciranda - tendo levado esses ritmos para locais como França e Áustria, entre outros. O projeto “Quebra-Baque 20 Anos” vem fortalecer o compromisso do grupo em promover a cultura afro-brasileira, a diversidade cultural e a inclusão social.

O Quebra Baque presta-se não apenas à inclusão sócio-cultural através da música, mas também se mostra importante instrumento de difusão dos ritmos pernambucanos no Brasil e no mundo. Os ensaios do grupo sempre acontecem no segundo semestre todos os sábados, na rua Tomazina 129, Recife Antigo.

PROGRAMAÇÃO - BELÉM

Oficina (vagas preenchidas):

Data:19/04/2024 

Hora: 09h às 12h 

Local: Sesc Ver-o-Peso 

Público-alvo: Crianças e jovens de 07 a 18 anos. (preenchidas)

Bate papo e Cortejo:

Data:20/04/2024

Hora:16h00 – Quebra-Baque Bate Papo - Sesc-Ver-o-Peso (2º andar)

Hora: 17h00 – Concentração e saída do cortejo – 17h30 - da frente do Sesc Ver-o-Peso

Percurso: Boulevard da Gastronomia e Orla da Estação das Docas

Público-alvo: Público interessado em percussão, cultura e arte

Entrada: Gratuita

SERVIÇO

Quebra-Baque– 20 anos – Parauapebas, Marabá e Belém - Pará. Confira a programação e participe. Patrocínio do Instituto Cultural Vale, via Lei Federal de incentivo à Cultura, e realização da Atos Produções Artísticas, de Recife/PE. Apoios locais: Prefeitura de Belém, via Fumbel e SEMEC – SISMUBE,  Sesc-PA e Organização Pará 2000. Mais informações: (91) 98134.7719.


17.4.24

Projeto Ver o Som Instrumental traz o Açaí Jazz

Demos início há uma semana ao "Ver o Som Instrumental", que estreou com o Quarteto Ricardo Smith e agora segue sua programação com o grupo Açaí Jazz, atração desta quarta-feira, 17 de abril, às 20h. Com idealização do músico e produtor Carlos canhão Brito, numa realização do Holofote Virtual, o projeto e segue até dia 8 de maio. 

A proposta é fazer uma itinerância por diversos espaços e casas de Belém.  A temporada abre numa parceria com o Café com Arte. Os ingressos são a preços populares, a programação inicia e termina cedo. Ótimo pra quem no meio da semana não está a fim de se estender na noite. A proposta é oferecer momentos de deleites musicais, aliados a boas conversas. A cada mês, novas atrações serão apresentadas ao público. 

O Açaí Jazz, que faz a primeira dobradinha desta temporada, é formado por Yuri Braga (Contrabaixo), Wesley Souza (Guitarra), Hader Soares (bateria) e Nael Carvalho (Trompete). O grupo vai explorar desde os ritmos regionais do Pará, traduzidos para a linguagem jazzística, até os sons americanos. A apresentação contará com a participação de Kleber Benigno, professor de Percussão Popular da Escola de Música da UFPA (EMUFPA), e percussionista do Trio Manari!

Nesta formação, temos jovens músicos, todos alunos da Escola de Música da UFPA. Embora ainda sejam estudantes, além do trabalho em grupo, também vêm se apresentando em outros espaços e acompanhando outros artistas. É o caso de Yuri Braga que acompanha a cantora Carol ferreira e também é música da Big Band da EMUFPA. 

Na próxima semana de volta Ricardo Smith Quarteto

No dia 24 de abril, volta à cena Ricardo Smith Quarteto, formado pelo violonista e compositor que dá nome ao grupo, Caco Darwich (contrabaixo acústico e elétrico), Carlos "Canhão" Brito (bateria e produção) e Cinara Pojuci (percussão).  

O grupo aproveita as apresentações para fazer o esquenta do novo trabalho que está em fase de gravação, o álbum "Verão", cujo projeto de realização foi contemplado pelo Edital de Música da Lei Paulo Gustavo/ Secult-Pa. O lançamento ainda não tem data prevista, então a ideia é que vocês aproveitem para conhecer o repertório que diga-se de passagem, é excelente. Depois falaremos mais sobre isso.

No dia 1º de maio, feriado, não haverá show, mas no dia 8 de maio, o Açaí Jazz encerrará a primeira temporada. A segunda, que seguirá no Café com Arte, já tem atrações articuladas, mas não daremos spoiler. 

Os ingressos são vendidos de forma antecipada, pelo SYMPLA, ou via PIX/CNPJ 45.476.902/0001-37 (Holofote Virtual/Luciana Medeiros) ou na portaria. A diferença são os valores. Antecipados fica por R$ 20,00 (via pix), R$ 22,50 (com a taxa do Sympla, parcelado em até 4 vezes) e R$ 25,00, na portaria, na hora.

Serviço

Ver o Som Instrumental. Toda Quarta, no Café com Arte. Hoje, 17/04, com o Açaí Jazz, a partir das 20h. O Café com Arte fica na Travessa Rui Barbosa, 1427, Entre Brás de Aguiar e Av. Nazaré. Mais informações:  91 98134.7719 / E-mail: holofotevirtual@gmail.com /  IG @holofote_virtual 

12.4.24

Belém do Pará ganha circuito de drinks amazônicos

Dona Onete - Foto Divulgação
(enviada pela assessoria do evento)
Com shows de Dona Onete e Baile do Mestre Cupijó, Festival Amazônia Sour lança circuito de drinks amazônicos em mais de 30 bares de Belém. O evento ocorre neste sábado (13) na Estação das Docas com atrações musicais, gastronômicas e coquetéis com ingredientes regionais para todos os gostos. 

Neste sábado (13), o Festival Amazônia Sour promove o “Brinde Amazônia Sour”, uma noite com shows de Dona Onete, Baile do Mestre Cupijó e outras atrações de música paraense e brasileira. O evento lança oficialmente o circuito de drinks autorais amazônicos que acontecerá em mais de 30 bares de Belém entre os dias 18 e 28/4. 

O Amazônia Sour é o primeiro festival de coquetelaria e cultura da Amazônia. É realizado via Lei Semear (Governo do Pará), com patrocínio da Claro, Sococo e Sebrae (PA), parceria da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes no Pará (Abrasel/PA) e Universidade da Amazônia (UNAMA), promoção da TV Liberal, apoio da Learning for Life, Centeno Nascimento Pinheiro Almeida & Graim Advogados, Cachaça Indiazinha e Amazônia Tropical Gin de Jambu e apoio cultural da SEMEAR, Secretaria de Turismo e Governo do Pará.

No "Brinde Amazônia Sour", atrações de música paraense e brasileira dão o tom. A ideia é que seja um mini-festival para o público entusiasta de cultura e também para curiosos que desejam experimentar o mundo dos drinks autorais feitos com ingredientes amazônicos, que estarão disponíveis e poderão ser consumidos pelo público no evento em coquetéis exclusivos enquanto os shows acontecem.

O Festival traz uma oportunidade para o público do evento brindar à diversidade e à criatividade da coquetelaria regional enquanto curtem as apresentações musicais de artistas poderosos como Dona Onete, Baile do Mestre Cupijó e sets dos DJs Nuts, Luísa Viscardi, Ananindeusa e Bernardo Pinheiro.

Das infinitas possibilidades de sabores e sonoridades

Foto: Félix Robatto
Urucum, jambu, chicória, pupunha, cheiro verde e bacuri. Estas são algumas das estrelas do Festival Amazônia Sour, que vem para ser uma plataforma que tem a coquetelaria como eixo central e expande a experiência e seu impacto também para a cultura, gastronomia, música, entretenimento e empreendedorismo.

O circuito de coquetelaria vai formar uma rota de opções de bebidas, comidas e lazer. Bares e restaurantes de Belém e região metropolitana apresentarão, cada um, dois coquetéis: um alcóolico e outro sem álcool (ambos preparados com ingredientes amazônicos). 

“Temos uma gastronomia de destaque. Por que não seguir o mesmo caminho com uma Coquetelaria Amazônica, tão marcante quanto nossa culinária?”. A pergunta de Yvens Penna, idealizador do Festival Amazônia Sour, traz uma reflexão e representa a origem do projeto,  que veio para aquecer a Economia, Cultura e Turismo.

Antes de ser um festival, o Amazônia Sour é um projeto que olha para o futuro com a intenção de acelerar o processo de construção de uma coquetelaria identificada como amazônica.  A ideia é oferecer em Belém uma programação sazonal, que se apresente em diversas frentes. Rubens Magno, diretor-superintendente do SEBRAE (PA), indica que o projeto abre caminho para aumentar a qualidade dos serviços oferecidos na região.

“O segmento de coquetelaria está crescendo em Belém e a tendência é de avanço maior com a vinda de vários públicos para a cidade, por conta dos eventos pré e durante COP 30. Há a necessidade de preparar quem já atua e quem quer empreender nesse ramo, para que ofereçam produtos de qualidade e invistam na gestão e no atendimento aos clientes”, diz.

Horários dos shows:

15h30 - DJ Ananindeusa

17h - Baile do Mestre Cupijó

18h - Luísa Viscardi

19h30 - Dona Onete

20h45 - DJ Nuts

22h15 - Bernardo Pinheiro

Serviço

Brinde Amazônia Sour (Festival Amazônia Sour). Ingressos: https://www.sympla.com.br/evento/festival-amazonia-sour-2024/2385989 - valor da entrada: R$100 (clientes Claro Clube pagam R$40). Data: 13/04 - Local: Estação das Docas (Boulevard Castilhos França, S/n, Armazém 3 - Galpão Boulevard das Feiras, Campina). Horário: de 15h a 0h. Mais informações: https://www.instagram.com/amazonia_sour/. 

10.4.24

Waldete Brito estreia “Que Se Dane a Minha Obra”

Espetáculo baseado em obras de Clarice Lispector, ele circulará por diferentes espaços, em Belém, Icoaraci e Mosqueiro. A primeira temporada em cartaz será nos dias 11 e 12 (quinta e sexta), no Teatro Experimental Waldemar Henrique; no dia 13, na Estação Cultural de Icoaraci; e no dia 20, no barracão da Universidade do Samba Piratas da Ilha, em Mosqueiro. Todas as apresentações acontecem às 20h. 

No mês em que se comemora o Dia Internacional da Dança, 29 de abril, a Cia Experimental de Dança Waldete Brito apresenta o novo espetáculo “Que Se Dane a Minha Obra”, contemplado no Edital Paulo Gustavo de Múltiplas Linguagens. 

Esta poética em dança tem como inspiração alguns fragmentos de contos, romances e crônicas de uma das maiores escritoras, Clarice Lispector. “A ideia criativa não é dançar a literalidade de suas palavras, mas encontrar em que medida suas inquietações, provocações, ousadia, coragem, força, tristeza e estranhamento, que dão sentido à sua escrita, podem nutrir uma dramaturgia na dança”, comenta a bailarina e coreógrafa Waldete Brito.

O texto como pretexto para criação das cenas se mistura às histórias de vida das intérpretes-criadoras Alessandra Ewerton, Andrea Torres, Ana Lídia, Elyene Lima, Elyene Lima e Thays Magalhães que, durante um ano e três meses, mergulharam na literatura da escritora para investigar as “Clarices” que as habitam em coragem, ousadia, tristeza, ansiedade, paixão e tantos outros estados de emoção e sensibilidade que atravessam o corpo.

A dramaturgia em “Que Se Dane a Minha Obra” surge então após a leitura de obras como “Para Não Esquecer”, “A Hora da Estrela”, “Perto do Coração Selvagem”, “A Via Crucis do Corpo”, “Felicidade Clandestina” e “Água Viva”.

“Este ato criativo, para além de um mergulho nas histórias de Clarice, é um convite a um mergulho em si mesmo, capaz de tocar em algumas musculaturas da emoção que parecem se contorcer a cada leitura destes textos atemporais. Embora as histórias sejam dos personagens de Clarice Lispector, encontramos em vários momentos a nossa própria história. Nunca sabemos da potência do edifício que sustenta nossos devaneios e tempestades, nossas noites de escuridão e clareza, tudo em busca de uma liberdade ou de uma verdade inventada”, observa Waldete.

Para a companhia de dança, ler Clarice Lispector para dar asas à imaginação coreográfica é ir além das imagens que brotam com intensidade em sua escrita. “É uma poética literária que tanto nos encanta quanto pode nos perturbar, sobretudo quando nos deparamos com diferentes narrativas entrecortadas por outras que também estavam inacabadas. Há um jogo de palavras, cujos sentidos, às vezes, se encontram nas entrelinhas do pensamento”, reflete a coreógrafa. 

“Que Se Dane a Minha Obra” marca a retomada da Cia Waldete Brito à Região Metropolitana de Belém após a circulação com o espetáculo “Espia”, por municípios no nordeste paraense. É também mais uma celebração aos seus 25 anos de pesquisa cênica, completos em 2023.

Ficha técnica - Que se dane a minha obra

Direção e concepção: Waldete Brito

Intérpretes-criadoras: Alessandra Ewerton, Andrea Torres, Ana Lídia, Elyene Lima, Elyene Lima e Thays Magalhães.

Iluminação: Walter Filho

Sonoplastia: Waldete Brito

Figurino: Concepção coletiva

Produção cultural: Waldete Brito e Walter Filho

Assistente de palco: Xifu Ribeiro                      

Assessora de comunicação: Lais Azevedo

Arte Gráfica: Luan Silva

Registro em vídeo: Michel Schettert

Este espetáculo foi contemplado no Edital Paulo Gustavo de Múltiplas Linguagens.

Serviço

BELÉM 

Teatro Experimental Waldemar Henrique 

Data: 11 e 12/04/2024

Hora: 20h

Ingressos: R$ 30

ICOARACI

Estação Cultural de Icoaraci

Data: 13/04/2024

Hora: 20h

Entrada Franca

MOSQUEIRO

Barracão da Universidade do Samba Piratas da Ilha

Data: 13/04/2024

Hora: 20h

Entrada Franca

Quebra Baque celebra 20 anos com ações no Pará

O projeto chega ao Pará nesta quinta-feira, 11,  com ações em Parauapebas, Marabá e Belém, apresentado pelo MinC e pelo Instituto Cultural Vale, via Lei Federal de incentivo à Cultura, tem realização da Atos Produções Artísticas, de Recife/PE.

O projeto Quebra Baque – 20 Anos celebra as duas décadas de trajetória do grupo, oriundo de Pernambuco. Em cada cidade visitada, será realizada uma oficina especial de percussão com material reciclável (3 horas de duração com intérprete de LIBRAS), direcionado a alunos da rede pública de ensino e um cortejo, aberto ao público, reunindo ainda artistas convidados.

A caravana saiu de Recife e chegará primeiro no Maranhão, onde realizará suas primeiras ações, em São Luís, nos dias 9 e 10 de abril. Em seguida, chega ao Pará, em Parauapebas, nos dias 12 e 13, seguindo para Marabá, nos dias 16 e 17, e a Belém, nos dias 19 e 20 de abril.

A oficina apresenta as possibilidades de construção de instrumentos percussivos com material descartado/lixo - e consequentemente sua transformação em algo útil. Todo o material é fornecido pelo projeto. Já o cortejo é aberto ao público e terá participação dos alunos da oficina e artistas convidados em cada município.

O objetivo é ocupar os espaços públicos nas cidades visitadas, levando programação gratuita, de entretenimento e educação musical a crianças e jovens da rede pública de ensino, e público em geral, proporcionando interação e troca de vivências musicais.

SOBRE O QUEBRA BAQUE

Em atividade ininterrupta desde 2003, o Grupo de Percussão Maracatu Quebra Baque é uma iniciativa cultural que busca promover a cultura e a inclusão social por meio da música. Mais de 900 pessoas já passaram pelas fileiras do grupo, participando de forma ativa e aprendendo sobre os ritmos tradicionais afro-brasileiros que representam a nossa identidade.

O grupo desempenha um papel fundamental no resgate da cultura dos ritmos tradicionais como Maracatu, Coco de Roda, Caboclinho, Xaxado e Ciranda - tendo levado esses ritmos para locais como França e Áustria, entre outros. O projeto “Quebra-Baque 20 Anos” vem fortalecer o compromisso do grupo em promovera cultura afro-brasileira, a diversidade cultural e a inclusão social.

O grupo foi criado pelo músico Tarcísio Resende, um dos atuais grandes mestres da percussão pernambucana. Autor de três livros “Batuque Book Maracatu”, “Batuque Book Caboclinho” e “Batuque Book Forró”, o músico tem uma pesquisa voltada aos ritmos percussivos de nosso estado, com foco no Maracatu e suas vertentes.

O Quebra Baque presta-se não apenas a inclusão sócio-cultural através da música, mas também se mostra importante instrumento de difusão dos ritmos pernambucanos no Brasil e no mundo. Os ensaios do grupo sempre acontecem no segundo semestre todos os sábados, na rua Tomazina 129, Recife Antigo.

A realização do projeto é da ATOS PRODUÇÕES ARTÍSTICAS LTDA, de Recife/PE, com patrocínio master do Instituto Cultural Vale, via Lei Federal de Incentivo à Cultura e produção executiva local da Agência de Produção - Holofote Virtual Comunicação Arte Mídia e apoio local das Prefeituras Municipais de Parauapebas, Marabá e Belém; Sesc-PA e Organização Pará 2000.

PROGRAMAÇÃO – PARÁ 

PARAUAPEBAS

Oficina:

Data: 12/04/2024 Hora:14h30às 17h30

Local: Centro de Desenvolvimento Cultural CDC, Cidade Nova.

Inscrições gratuitas: (91) 98965-9550 (vagas esgotadas)

Público-alvo: Alunos e jovens interessados em percussão e musicalização entre 12 a 20 anos.

Cortejo:

Data: 13/04/2024 Hora:17h

Local: Complexo Turístico de Parauapebas, Beira Rio. Percurso: Ao longo do Complexo Turístico.

Público-alvo: Público local interessado em percussão, cultura e arte 

Entrada: Gratuita

MARABÁ

Oficina:

Data: 16/04/2024 

Hora:14h às 17h

Local: Colégio José Mendonça Virgolino, Velha Marabá, Centro.

Inscrições gratuitas: (94) 99137-2176 – Gratuito.

Público-alvo: Crianças e jovens de 10 a 18 anos.

Cortejo:

Data: 17/04/2024. 

Hora: 17h

Local: Saída do Colégio José Mendonça Virgolino, Velha Marabá.

Percurso: Orla de Marabá, Praça São Félix de Valois, com retorno pela Rua 05 de Abril.

Público-alvo: Interessado em percussão, cultura e arte.  

Entrada: Gratuita

BELÉM

Oficina:

Data:19/04/2024 

Hora: 09h às 12h 

Local: Sesc Ver-o-Peso 

Inscrição: (Vagas esgotadas)

Público-alvo: Criança e jovens de 10 a 18 anos.

Inscrições gratuitas: (91) 98134.7719

Bate papo e Cortejo:

Data:20/04/2024

Hora:16h00 – Quebra-Baque Bate Papo - Sesc-Ver-o-Peso

Hora: 17h00 – Concentração e saída do cortejo da frente do Sesc Ver-o-Peso

Local: Boulevard da Gastronomia e Orla da Estação das Docas

Público-alvo: Público interessado em percussão, cultura e arte

Entrada: Gratuita

Serviço

Quebra-Baque– 20 anos – Parauapebas, Marabá e Belém - Pará. Confira a programação e participe. Patrocínio do Instituto Cultural Vale, via Lei Federal de incentivo à Cultura, e realização da Atos Produções Artísticas, de Recife/PE. Apoios locais: Prefeituras de Parauapebas, Marabá e Belém; Sesc-PA e Organização Pará 2000. Mais informações: (91) 98134.7719.

9.4.24

Autocrítica de volta ao Teatro Waldemar Henrique

No dicionário, “autocrítica” é o ato de “o indivíduo reconhecer as qualidades e os defeitos do próprio caráter ou os erros e acertos de suas ações”. Mas e quando se foca demais nos defeitos e pouco nas qualidades? Isso vira a história de Adão, personagem central da comédia "Autocrítica", que está em cartaz nos próximos dias 13 e 14 de abril, sempre às 19h, no Teatro Experimental Waldemar Henrique.

A dramaturgia de Haroldo França conta, de maneira leve, a história de um jovem em pleno confronto com a sua autocrítica, tão presente e julgadora em sua vida que ganha vida em cena. A personagem apresenta a péssima relação de Adão consigo, sua aparência, carreira e relações pessoais e a necessidade urgente de procurar ajuda, o que ele não o faz por vergonha.

Cabe à atriz Luiza Imbiriba a missão de interpretar a própria autocrítica da mente de Adão e conta um pouco de como tem sido viver uma personagem tão singular. "O espetáculo tem nos proporcionado uma jornada única de introspecção, é desafiador e enriquecedor para mim como pessoa e como atriz. A autocrítica é uma força poderosa que molda as nossas ações e a cada ensaio e apresentação eu mergulho mais nela, inclusive na minha própria autocrítica". 

"Quando eu penso no espetáculo, a primeira palavra é identificação e isso é uma das coisas mais interessantes de interpretar o Adão. É interessante levar para a cena algo que é considerado a voz da nossa cabeça, que se alimenta dos nossos medos, expectativas e sofrimentos. Trazer isso de maneira leve para a cena me trouxe muita identificação, espero que para a platéia também", conta o ator Theo de Oliveira.

A direção de Paulo Jaime e a cenotecnia de Cláudio Bastos levam o público para dentro da mente de Adão, onde vive, além da autocrítica, memórias e vivências que viram histórias completas e complexidades de um indivíduo. O espetáculo também conta com a voz de Bárbara Gibson em elemento importante para o desenvolvimento da trama.

O espetáculo é uma produção da A Liga do Teatro, um grupo fruto do empreendedorismo criativo, que investe em trabalhos autorais desde seus espetáculos embrionários. Atualmente o grupo também integra o projeto Ópera Studio, assumindo a direção cênica de concertos e musicais no Instituto Estadual Carlos Gomes e oferece o primeiro Workshop de Teatro Musical inspirado em Glee, consolidando sua presença vibrante na cena teatral paraense.

Serviço

Espetáculo Autocrítica. Dias 13 e 14 de Abril, às 19h. Teatro Waldemar Henrique - Praça da República, s/n.  Ingressos na bilheteria do espetáculo, uma hora antes da sessão.  Ingressos antecipados via Sympla no link: https://www.sympla.com.br/autocritica__2377160 . Mais informações: 91 98425 0317 ou no Instagram @aligadoteatro.

Ficha Técnica

Elenco

Luiza Imbiriba e Theo Oliveira

Voz

Bárbara Gibson

Sonoplastia

Paulo Jaime

Direção

Paulo Jaime

Luz

Marckson Moraes

Cenotécnico

Cláudio Bastos

Técnico de Som

Cereja

Microfones

Lenno Ávila

Assessoria de Imprensa

Leandro Oliveira

Artes

Victor Azevedo

Redes sociais

Luiza Imbiriba 

Apoio

CCAC

Produção

A Liga do Teatro

3.4.24

Goeldi traz programação sobre povos ancestrais

De 5 a 21 de abril, a Agenda do Museu Goeldi Terra Indígena movimenta o público visitante do Parque Zoobotânico com mostra audiovisual, rodas de conversa, palestras, contação de histórias e feira de artesanato. As atividades foram pensadas como oportunidades para aprendizados e trocas de conhecimentos com os povos indígenas.

Articulada em colaboração com associações étnicas, a programação de abril do programa Museu Goeldi Terra Indígena oferta atividades para o público de todas as idades.  O evento chama a atenção para a diversidade sociocultural, tecnologias indígenas de uso e manejo de plantas, animais e ambientes amazônicos, movimentos de resistência e compartlhamentos de histórias, muitas histórias. 

A atividade que abre o ciclo de eventos no dia 5 de abril, às 9h, é uma mostra audiovisual dos diretores indígenas Lucinho Tavares Kanamari (Winih), Markus Schall Enk e Shapu Mëo Matis. A mostra “Sobre câmeras, espíritos e ocupações”, acontecerá no auditório do Centro de Exposições Eduardo Galvão, no Parque Zoobotânico.

No mesmo auditório, no dia 11, às 10h, tem Drops de Ciência com o arqueólogo Marcos Magalhães, pesquisador titular e docente do Programa de Pós-Graduação em Diversidade Sociocultural do Museu Goeldi, que traz um tema para balançar certezas: “A antropogênese contra a distopia antropocênica: as tecnologias ancestrais que cultivaram a Amazônia”. E no dia seguinte, 12, também às 10h, tem roda de conversa com a equipe do projeto “Floresta Sensível”.

O projeto Floresta Sensível é um convite para conhecer, usando os sentidos, algumas plantas importantes para os diversos povos que coexistem com a Floresta Amazônica, seus conceitos cosmológicos e os diálogos da ciência com esses saberes acumulados em séculos e milênios por povos e comunidades florestais. Acesse o projeto, faça um tour virtual de 360° e imersivo em https://aflorestasensivel.com.br/

Na semana seguinte, no dia 17, quem comanda a conversa no Auditório do Centro Eduardo Galvão, a partir das 10h, é a doutoranda em Sociologia e Antropologia da Universidade Federal do Pará, Luana Kumaruara, que traz a palestra “Acampamento Terra Livre”. No dia 19, os visitantes do Zoobotânico do Museu Goeldi, terão duas atividades para optar. Na área do Castelinho, haverá “Histórias indígenas para crianças”, com a contadora de histórias Zeneida Mello; na Biblioteca Clara Galvão acontece a roda de memória sobre Cultura Material Indígena, com Suzana Karipuna (sociologa e técnica da Coleção Etnográfica do Museu Goeldi) e Manoela Karipuna (socióloga e doutoranda na UFPA).

No sábado e domingo (20 e 21), o público visitante poderá conferir a Feira de Exposição e venda de artefatos indígenas. O tradicional Domingo é Dia de Ciência traz também a contação de história “Rebujo da Boiúna”, conduzida pela contadora Joana Chagas (Wyka Kwara).

Território Indígena – Em setembro de 2023, o Parque Zoobotânico do MPEG foi declarado como terra indígena, expressando a relevância dos laços históricos existentes entre a instituição e os diferentes povos indígenas. Entre outros objetivos, o programa Museu Goeldi Terra Indígena visa promover e reforçar as redes de diálogo que envolvem a comunidade científica, as populações originárias e a sociedade em geral. Desse modo, a programação e as atividades do programa são definidas em parceria com associações indígenas.

“Estamos vivendo um momento de aproximação e vivência no Museu Emílio Goeldi. Estamos construindo a relação de entendimento do território e da vivência. Esse território não se trata apenas de ‘chão’, mas um território de existência, de vivência, de conhecimento. Um território de pensamento, de falar e de existir”, declarou Kwahary Tenetehar, presidente da Associação Nacional Multiétnica Wyka Kwara, sobre o papel das instituições museais no registro do passado, na reflexão sobre o presente e na construção do futuro.

De acordo com Emanoel Fernandes, coordenador de Museologia do Goeldi , o programa parte de uma declaração simbólica para reafirmar o compromisso do Museu Goeldi com a diversidade cultural e com os valores democráticos. “Sendo uma instituição que trabalha há mais de 150 anos pesquisando, preservando e difundindo os valores das culturas indígenas, nada mais natural do que refirmar esse compromisso a partir do reconhecimento de que o Parque do Museu Goeldi é também uma terra ancestral”, ressalta Fernandes.

Texto: Kauanny Cohen

Edição: Joice Santos

SERVIÇO

Museu Goeldi Terra Indígena

Programação

05/04 

9h – Abertura do Mês dos Povos Indígenas do Museu Goeldi

10h – Mostra audiovisual: Exibição do tríptico “Sobre câmeras, espíritos e ocupações”

Local: Auditório do Centro de Exposições Eduardo Galvão

11/04 

10h – Drops de Ciência: “A antropogênese contra a distopia antropocênica: as tecnologias ancestrais que cultivaram a Amazônia.”

Convidado: Marcos Magalhães (COCH/ PPGDS/ MPEG)

Mediação: Joice Santos

Local: Auditório do Centro de Exposições Eduardo Galvão

12/04

10h – Roda de conversa: Projeto “Floresta Sensível”

Local: Auditório do Centro de Exposições Eduardo Galvão

17/04 

10h – Palestra: “Acampamento Terra Livre”

Palestrante: Luana Kumaruara (Doutoranda em Sociologia e Antropologia - PPGSA/UFPA)

Local: Auditório do Centro de Exposições Eduardo Galvão

19/04

10h – Contação de história “Histórias indígenas para crianças”

Contadora: Zeneida Mello (COMUS/ MPEG)

Local: Área do castelinho

10h – Roda de memória sobre Cultura Material Indígena

Facilitadoras: Manoela Karipuna (UFPA) e Suzana Karipuna (COCH/MPEG)

Local: Biblioteca Clara Galvão

20/04

9h às 13h – Feira indígena

Local: Centro de Exposições Eduardo Galvão

21/04

9h às 13h – Feira Indígena

Local: Centro de Exposições Eduardo Galvão

10h – Contação de história “Rebujo da Boiúna”

Contadora: Joana Chagas (Wyka Kwara)

Local: Biblioteca Clara Galvão 

(Texto: Agência Museu Goeldi)

31.3.24

Mostra da 35ª Bienal de São Paulo chega ao MABE

Artista: Nikau Hindin
Foto: Levi Fanan / Fund. Bienal de SP
A mostra Coreografias do impossível ocupará duas salas do Museu de Arte de Belém, de 3 de abril a 26 de maio, com horário de visitação das 9h30 às 16h30, de terça a domingo. Entrada gratuita. 

A capital paraense é uma das dez cidades escolhidas pela Bienal de São Paulo para receber uma seleção especial de sua 35ª edição. Não será a primeira vez que isso vai acontecer. Belém recebeu o recorte da 34a edição, mas em espaços como o Mercado de Carne e o Solar da Beira. 

Desta vez, a 35a chega ao recém reformado Museu de Arte de Belém, no Palácio Antônio Lemos, com obras de artistas como Deborah Anzinger, Edgar Calel, Gabriel Gentil Tukano, MAHKU e Nikau Hindin, vão ocupar as salas do térreo do museu, Antonieta Santos Feio e Theodoro Braga, desafiando os limites entre o possível e o impossível, o visível e o invisível, através de uma abordagem poética que dá voz a diversas questões e perspectivas.

A exposição convida a imergir nas complexidades e urgências do mundo contemporâneo, trazendo como proposta, que o visitante que se movimente por entre os sons dos ambientes e dos objetos expostos, encarando o tempo não como uma linha reta ou com destino definido, mas como um círculo de muitos inícios e retornos.  

“As coreografias do impossível nos ajudam a perceber que, diariamente, encontramos estratégias que desafiam o impossível, e são essas estratégias e ferramentas para tornar o impossível possível que encontraremos nas obras dos artistas”, explicam os curadores em texto sobre a edição da mostra: Diane Lima, Grada Kilomba, Hélio Menezes e Manuel Borja-Villel. 

Itinerância é fruto de parcerias em prol do acesso 

Artista: MAHKU
Fotos: Levi Fanan/ Fund. Bienal de SP

Segundo Andrea Pinheiro, presidente da Fundação Bienal de São Paulo, a itinerância da exposição não apenas amplia o acesso à cultura, mas também fortalece os laços entre instituições culturais, enriquecendo o cenário artístico brasileiro. Para ela, o alcance geográfico da Bienal contribui para a construção de uma sociedade mais acolhedora e culturalmente vibrante em todo o país.

“Ao derrubar barreiras geográficas, proporcionamos oportunidades para mais pessoas vivenciarem e participarem do cenário artístico contemporâneo, tornando as narrativas culturais ainda mais enriquecedoras. Essa jornada não apenas amplia a troca de experiências entre públicos e instituições, mas também contribui para construir uma sociedade mais acolhedora e culturalmente vibrante em todo o Brasil”, afirma.

Artista: Edgar Calel
Fotos: Levi Fanan/ Fund. Bienal de SP
Inês Silveira, presidente da Fundação Cultural do Município de Belém, expressa a honra e o compromisso da cidade em receber um evento de tamanha relevância. Além de enriquecer o cenário cultural local, a exposição reafirma o papel pioneiro de Belém no panorama cultural brasileiro.

“Esta oportunidade consolida o compromisso de Belém com a promoção e difusão das artes. Ao abrigar esse recorte da Bienal, estamos proporcionando acesso a obras de artistas nacionais e internacionais, enriquecendo o diálogo entre diferentes expressões artísticas”, diz.

Durante as itinerâncias, a equipe de educação da Fundação Bienal de São Paulo realizará ações de formação com mediadores e educadores locais, além de atividades de difusão para o público em geral. A publicação educativa das Coreografias do Impossível será disponibilizada gratuitamente, ampliando o alcance das discussões propostas pela exposição.

A chegada do evento à capital paraense é possibilitada por uma parceria entre o Ministério da Cultura, Governo do Estado de São Paulo, Secretaria de Cultura, Economia e Indústria Criativas, Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo, Fundação Bienal de São Paulo, Prefeitura Municipal de Belém, Fundação Cultural de Belém e Itaú.

Serviço

O que: 35ª Bienal de São Paulo – Coreografias do Impossível

Onde: Museu de Arte de Belém (MABE), Palácio Antônio Lemos - Praça D. Pedro II, S/N – Cidade Velha – Pará

Quando: De 3 de abril a 26 de maio de 2023, terça-feira a domingo, das 9h30 às 16h30

Entrada: Gratuita

(Com informações da Fundação Bienal de São Paulo)

28.3.24

Lariza lança EP inspirado em sua pesquisa criativa

Fotos: Pietro Lemos
A cantora paraense Lariza lança na próxima quinta-feira (28), via plataformas de streaming, o seu novo EP chamado "O Som da Crisálida", inspirado em pesquisa das possibilidades criativas do Sound Healing - uma abordagem terapêutica que usa instrumentos musicais e frequências sonoras para o relaxamento do corpo e da mente. O disco foi contemplado pelo Prêmio de Pesquisa e Experimentação Artística da Fundação Cultural do Pará (FCP). 

Trata-se de uma vertente de musicalidade diferente das demais produções da artista, natural de Marabá, no sudeste do estado, que tem na discografia os EPs EP "Tuas Águas Minhas" (2021), "Lança" (2020) e "Lariza" (2018). A ambientação instrumental do EP foi criada com tigelas de quartzo de cristal, flauta nativa e tambor xamânico, que deram origem às faixas "Voz de Cristal", "Rainha do Céu" e "Mensageiros".

"A paisagem sonora do EP valoriza o silêncio na construção dos arranjos, passeia por um universo experimental, com fortes influências de New Age e de uma musicalidade xamânica, ao mesmo passo que mescla referências amazônicas e nordestinas", destaca a cantora. "Meu ponto de partida eram:  minha voz, as tigelas de quartzo, a flauta nativa e o tambor xamânico. Tudo no EP foi pensado a partir da presença desses instrumentos e como eles se relacionavam entre si e com as letras", comenta.

Vanguardismo, instrumentação minimalista, arranjos vocais e percussividade são algumas características que compõem o universo sonoro de "O Som da Crisálida". Lariza assina a produção musical do EP, e conta com a participação de Larissa Mê (percussão), Amanda Alencar (violoncelo) e Mainumy (voz, preparação e co-direção vocal).

Para apresentar o EP ao público haverá pocket-show de lançamento no dia 30/03, em Belo Horizonte, cidade onde a cantora reside atualmente. O evento será em parceria com o brechó cultural Garimpo101, no centro da capital mineira. A apresentação solo será uma intervenção artística no espaço, apresentando o universo poético e as faixas do EP.

Imagem, som e escrita

Fotos: Pietro Lemos

Para construir o universo visual do EP, Lariza escreveu um mito poético que conta a história de Artza, a deusa do som que deu origem à criação através do seu canto e do som dos seus instrumentos sagrados. Seminudez, geometria, naturalismo, vazio e contraste e minimalismo são fortes características do conceito visual do EP.

"Todo o conceito visual do EP foi desenvolvido a partir desse mito, em que me auto represento como a deusa Artza. Essa visualidade dialoga com uma estética futurista e ao mesmo tempo nos remete a um tempo antigo, como uma forma de ressaltar que o som é uma entidade atemporal, que cruza todos os tempos em si mesmo", define.

Faixas - A primeira faixa 'Voz de Cristal' é a única faixa que foi composta especialmente para o EP, e é a mais experimental e minimalista de todas. O arranjo foi criado apenas com os instrumentos da pesquisa, todos tocados por Lariza na gravação. É a canção que apresenta o caráter espiritual e sacerdotal de Artza, a deusa do som do mito poético retratada no EP.

A segunda faixa é "Rainha do Céu" e foi composta em 2019. É uma ode à Lua, sendo reconhecida como uma força regente da natureza, do mistério, das águas e do feminino. O protagonismo do arranjo dessa faixa vai para a percussão, que conta com a direção percussiva de Loba Rodrigues, a percussionista Larissa Mê, e a violoncelista Amanda Alencar. As tigelas de quartzo também participam dessa faixa, e arranjos vocais participam de sua paisagem sonora. 

A última das três faixas se chama "Mensageiros" e foi composta em 2021. Essa canção trata da conexão do ser humano com as forças da natureza e relembra-o do protagonismo da própria vida. É o arranjo mais melódico do EP, contando novamente com as linhas de violoncelo de Amanda Alencar que foram a base do arranjo, e a cantora também tocou a bilha e as linhas flautas dessa faixa.

Serviço

Lançamento do EP "O Som da Crisálida", da cantora Lariza

Data: 28/03/2024

Plataformas: Spotify - Deezer - Apple Music - Amazon Music - Tidal 

Pocket-show de lançamento: 30/03, às 13h, no Garimpo 101 (Praça Raul Soares, 269 - Centro, Belo Horizonte). Entrada gratuita.

Rashid dá um salve à cultura hip hop em "Gênesis"

O single constrói ponte com a sua HQ, "Soundtrack", e traz participação de Thiago Jamelão. O lançamento chegou esta semana aos aplicativos de áudio com visualizer no canal de YouTube do rapper paulista.

Gênesis é uma palavra que nos remete ao começo de tudo e à criação. Não à toa, Rashid escolheu o termo para dar nome ao seu novo single, com lançamento marcado para o dia 27 de março. O rapper evoca Racionais e Sabotage logo nos primeiros segundos da música para abrir os caminhos de uma letra que percorre por sua trajetória.

Em comemoração aos 50 anos do hip hop, entre as rimas presentes na faixa, ele extrapola as alusões aos artistas que o inspiraram e passa pelos elementos que fazem dessa cultura uma ferramenta de revolução, evolução, transformação e pertencimento. São eles: a música rap, o DJ (e os beats), o breakdance e o grafitti. "Gênesis" é a trilha sonora criada por Rashid para conectar com a HQ Soundtrack, lançada por ele e Guilherme Match em dezembro de 2023.

Com a participação do cantor e compositor Thiago Jamelão, o single chega, além das plataformas de áudio (ouça aqui), em formato de visualizer no YouTube (assista aqui) – com ilustrações de Guilherme Match e animação de Felipe Figueiredo. 

Fofo: Kleber Oliveira
"Desprendido da prerrogativa da crença, eu quis fazer uma metáfora com algo que todos nós tivemos contato em algum momento da vida e tentei traçar esse paralelo com a música rap, que foi o começo de tudo para mim. Vou citando os artistas que foram ajudando a formar o meu universo durante esses meus 36 anos", comenta Rashid sobre a escolha do título da canção. "Tem uma certa ingenuidade nessa música que me remete ao começo de tudo, quando eu ainda contava moedas para pagar a condução de ida para as batalhas. E a volta a gente entregava nas mãos de Deus", diverte-se.

Em "Gênesis", um verso marcante indaga: "o que é que o som faz quando entra na mente da gente?". Está aí a ponte entre a faixa e a história em quadrinhos Soundtrack, também de Rashid (em parceria com Guilherme Match). A HQ, que tem como protagonista o MC Mayk, traz uma metáfora para o efeito da música na mente do ser humano – solucionando a charada apresentada na canção.

Para envelopar esta trilha, o rapper contou com a produção musical de Duda Raupp. Eles partiram, juntos, da emoção que Rashid gostaria de explorar por meio do single para, em seguida, pensarem qual seria a direção sonora. Dessa forma, uma guitarra neo soul se tornou a protagonista de "Gênesis", com uma bateria marcada e sopros que remetem a um soul mais clássico – um tipo de sonoridade muito explorada no rap e sem deixar de fora os scratches (dando um salve à importância dos DJs no cenário).

"'Gênesis' é a minha maneira de dizer o meu muito obrigado aos mestres que vieram antes, que me ensinaram que a arte é maior do que os padrões e limites impostos pela sociedade. E também um muito obrigada a todos as vezes que uma canção me salvou", resume Rashid.

Ouça “Gênesis” aqui

Assista “Gênesis” aqui

Ficha Técnica

Música por: Rashid, Duda Raupp, Thiago Jamelão e DJ Mista Brown

Letra e Voz: Rashid e Thiago Jamelão

Produção: Duda Raupp

Scratches: DJ Mista Brown

Trompete: Bruno Silva

Mixagem: Duda raupp

Masterização: Olímpio Machado

Realização: Foco na Missão

Ficha Técnica (visualizer)

Ilustrações: Guilherme Match

Animação / Edição: Felipe Figueiredo

Obra baseada na HQ Soundtrack

Autores: Guilherme Match e Rashid

Editora: JBC (Companhia das Letras)

(Holofote Virtual, com informações da assessoria de imprensa)